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Tilápia: viveiro e alimentação adequados são prioridade

A Tilápia, peixe de água doce, teve seu cultivo originário no Quênia, em 1920. Porém, o animal se adaptou muito bem nas águas brasileiras, e a partir da década de 50, a sua criação para fins comerciais aumentou, sendo um dos peixes mais explorados mundialmente.

Quer criar Tilápias? Então siga as dicas abaixo. Fonte: Flickr.
Quer criar Tilápias? Então siga as dicas abaixo. Fonte: Flickr.

A criação pode ser feita em lagoas, açudes e represas. São peixes resistentes, bons reprodutores (chegam a produzir cerca de cinco toneladas por hectare anualmente) e toleram bem variações de temperatura da água. O quilo pode ser vendido, em média, por R$3,50, em estados como São Paulo.

A Tilápia rosa tem baixo teor de gordura, possui poucos espinhos, é saborosa e muito popular entre os norte-americanos, principais compradores nacionais. A pele do peixe é de grande valor comercial, pois pode ser transformada em couro, com o metro quadrado vendido por cerca de 70 dólares (no exterior).

Mais subprodutos, como a carcaça, as vísceras, o rabo e as escamas, servem como adubo para plantações ou na composição de rações. Existem três espécies de Tilápias brasileiras. Elas são a do nilo ou a nilótica, a rendali, e a zanzibar. A nilótica é a mais indicada para a criação em pesqueiros.

Como investimento inicial, o criador pode gastar em torno de 30 mil reais por hectare de lâmina de água do tanque. Lagos, açudes e rios também podem ser usados, e cada peixe vendido em 500 gramas.

Alimentação e reprodução

Para encontrar alevinos (filhotes) de Tilápias para compra, procure por criadores disponíveis em diversas regiões do Brasil, e compre filhotes com no mínimo 1,5 centímetro e um grama de peso.

Existem fêmeas que a partir de quatro meses de vida já podem reproduzir. A desova pode acontecer quatro vezes ao ano, ou mais em regiões quentes. A reprodução chega de 800 alevinos a cada dois meses. Na alimentação, por serem peixes onívoros, gostam de ingerir alimentos naturais, mas também comem ração para acelerar o crescimento.

Habitat

Mantenha no viveiro um peixe por metro quadrado. Já com um sistema de aeração noturna, é possível dobrar o volume. Quando um peixe morrer, tente adicionar 20% de peixes a mais. O pH da água deve se manter em 7, e inicie o processo de adubação com compostos orgânicos. Verifique também se a água tem transparência por profundidade de 60 centímetros. Se tiver dúvidas com relação ao habitat, a alimentação e a criação, procure ajuda profissional.

Os tanques para os peixes devem ser escavados em solo firme, feitos de alvenaria, de fibra ou de chapa galvanizada. Com relação a limpeza, instale monges ou cotovelos articulados para o escoamento da água, eliminando sobras de ração, excrementos e resíduos acumulados. Para isso, são necessárias obras de terraplanagem, na tubulação e licença ambiental.

Outra opção são os tanques-redes, instalados em lagos, açudes e rios, com fluxo constante de água. Nesse caso, a produção é mais rentável e evita o acúmulo de detritos, diminuindo as chances de doenças e mortes.

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