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População de Preás em Santa Catarina apresenta mesmo DNA

Uma curiosa descoberta chamou a atenção de pesquisadores brasileiros em uma das ilhas do arquipélago de Moleques do Sul, Santa Catarina. Uma população de cerca de 40 Preás que vive em uma área do tamanho de um campo de futebol, praticamente não apresenta variação em seu código genético.

Em linhas gerais, isso significa que depois de passar cerca de 8 mil anos isolado, o grupo manteve diversas relações consanguíneas, levando todos a manter características tão parecidas, que um teste de paternidade aos moldes dos humanos seria inviável.

Para atestara proximidade genética, os pesquisadores realizaram o mesmo teste de DNA utilizado para atestar a paternidade. A conclusão é, no mínimo, surpreendente: trata-se de uma das menores diversidades genéticas observadas no reino animal.

O dado mais curioso, contudo, é que, pelas teorias genéticas tradicionais, a população deveria estar extinta há tempos, justamente pela diminuta variação genética. Alguns estudos apontam que para a sobrevivência, uma espécie deveria ter pelo menos 500 exemplares. O Preá encontrado é o Cavia intermedia, primo do Preá que habita o litoral do continente, o Cavia magna.

Os Preás Cavia intermedia são os únicos mamíferos da ilha catarinense. Acredita-se que a ausência de predadores, unida à estabilidade climática do local permitiu aos mamíferos milênios de sossego. Mas a incidência de alguns pescadores no local ainda pode ameaçar a segurança do grupo.

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