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Cão terapeuta ajuda crianças em tribunal

O comerciante Dave Moshenko ficou surpreso ao ver o cão no prédio. A surpresa foi maior quando ficou sabendo da função de AmosO comerciante Dave Moshenko ficou surpreso ao ver o cão no prédio. A surpresa foi maior quando ficou sabendo da função de Amos
Crédito: Reprodução / hometownlife.com

Os cães terapeutas estão por toda a parte. Hospitais, enfermarias, casas de repouso, universidade e, agora, até nos tribunais. Bom, pelo menos no de Michigan, nos Estados Unidos. Mas não pense que Amos, uma mistura de Labrador, de 2 anos de idade, tem acesso ao local para passear, entreter juízes, dar umas voltinhas e latir. Ele é um cão terapeuta, treinado para confortar crianças traumatizadas e ansiosas, vítimas ou testemunhas em casos que envolvem violência doméstica ou abuso sexual.

Daqui a duas semanas ele entrará em ação quando crianças serão chamadas ao tribunal. Sua missão será distraí-las e, talvez, sentar-se ao lado delas no momento de testemunhar.

E o Canine Advocacy Program, ou CAP, conta com a ajuda do juiz Brian MacKenzie para a divulgação. Sem fins lucrativos, o programa é iniciativa da fundação de defesa de vítimas, que é financiado por doações privadas. Voluntários trabalham como condutores e também dão abrigo a Amos.

O juiz tem esperança de que um dia, cães terapeutas sejam comuns nos tribunais de Michigan. “Esperamos que Amos seja o primeiro de uma série de cachorros”, conta MacKenzie, enquanto o Labrador da cor chocolate caminha por sua sala. “Alguns dos meus colegas ficaram cautelosos quando contei sobre o programa, mas como é uma ideia nova, isso já era esperado”.

Usar cachorros para aliviar a tensão nos tribunais não é exatamente uma novidade, e já está ganhando popularidade nos Estados Unidos. O courthousedogs.com teve início em Seattle, quando uma assistente do promotor começou a levar seu filho, que é portador de deficiência, e o cachorro que o ajuda, uma vez por semana ao tribunal. Ela percebeu que o cachorro proporcionava um profundo efeito calmante nas testemunhas mais jovens. Além de Seattle, as salas de audiência do Texas, Georgia, Flórida, Montana e Maryland, contam com cães terapeutas.

As únicas pessoas que contestam a presença dos animais são os advogados de defesa. Eles alegam que um cãozinho acompanhando uma testemunha poderia conquistar a simpatia dos jurados, influenciando o resultado. Mas a maioria dos tribunais considera esses cães como “objeto de conforto” – assim como uma boneca – para crianças, permitindo a entrada.

Segundo o site hometownlife.com, em uma tarde de janeiro, Amos passeava pelos corredores do tribunal, dando lambidas nos funcionários e abanando o rabo em visita aos advogados. Esperto, ele parou para dar as boas-vindas ao pessoal da segurança, já que eles estavam almoçando.

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