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Mamães de quatro patas

A cadelinha Cindy dá de mamar aos seus quatro filhotinhos
Crédito: Anna Carolina Azamor

A chegada de um bebê é sempre uma excelente notícia. Imagine então o nascimento de fofíssimos filhotinhos? Para o dono coruja, a alegria não poderia ser maior. Mas antes de pensar nos pequenos peludos perambulando pela casa, é bom refletir muito bem sobre as responsabilidades que uma cadela ou gata prenha vão exigir. Isso porque será a mãe que irá garantir a saúde e bem-estar dos filhotes até que eles possam se virar sozinhos. Nesse sentido, Tatiana Pimentel, médica veterinária do Hospital Sena Madureira, ressalta que o primeiro passo antes de resolver cruzar o animal é se certificar de que ele está saudável e com a vacinação e vermifugação em dia.

Constatada a gravidez, que pode ser atestada a partir dos primeiros 25 dias, a Dra. Tatiana recomenda que a fêmea passe a receber ração premium ou super premium para filhotes, já que o alimento é rico em cálcio, ideal para estimular a lactação da futura mamãe. Nessa fase, é de extrema importância o acompanhamento do veterinário, que poderá realizar exames para verificar quantos filhotes nascerão e até a possível data do nascimento. Isso facilitará a preparação do parto por parte do dono, que poderá internar seu bichinho em um hospital veterinário ou optar pelo parto normal em casa, de preferência, sob supervisão médica.

Os filhotes passaram a ingerir a papinha desmame
Crédito: Anna Carolina Azamor

Esse foi o caso de Cindy, uma Yorkshire de 2 anos, que acaba de dar cria a quatro cachorrinhos. Sua dona, a enfermeira Anna Carolina Azamor não abriu mão do acompanhamento de um médico veterinário durante toda a gestação. “Foram cinco consultas, além de dois ultra-sons, exames de sangue e fezes”. Ela conta ainda que apesar de Cindy ter dado cria em casa, contou com o suporte do veterinário por telefone.“Sempre que eu ficava insegura conversava com ele e explicava o que estava acontecendo”.

A gestação das cadelas dura, em média, 60 dias, enquanto a das gatas, 63 dias. Nesse período, há primeiro o desenvolvimento do músculo cardíaco e da notocorda, que dará origem em poucos dias à coluna vertebral dos filhotes. Em seguida, os olhos e ouvidos começam a tomar forma, juntamente com o aparelho digestivo e respiratório. “Depois do desenvolvimento do cérebro e das patas, em pouco tempo o filhote estará pronto para nascer”, explica a veterinária.

Amamentação dos filhotes

Após o nascimento, a mamãe costuma estar exausta e não é aconselhável tocá-la, muito menos nos filhotes. É importante apenas que nas primeiras 48h o dono preste atenção se os bebês estão mamando. Isso porque nem sempre o número de mamas é suficiente para todos ou algum mais fraquinho pode ter dificuldades para encontrar seu espaço. É nesse período também que os bebês recebem da mãe o colostro, leite enriquecido com proteínas, carboidratos e principalmente, anticorpos.

Outra preocupação que deve ser levada em conta é a rejeição da cadela ou gata por parte de algum filhote, geralmente mais fraco ou pouco desenvolvido. Segundo a dra. Tatiana isso pode acontecer caso a mãe não reconheça o filhote por causa do odor ou esteja estressada ou agressiva. Nesse sentido, ela ensina que o dono deverá assumir o papel de mãe. “O ideal é alimentar o filhote tanto com o leite materno quanto com leites artificiais específicos. Também é necessário estimular a liberação da urina e das fezes com um algodão úmido. Fazendo leves movimentos, simulando as lambidas da mãe”.

Após os primeiros 30 dias, a veterinária aconselha que seja introduzida aos poucos, a papinha desmame, disponível em diversas marcas, para que o animal esteja pronto para a ração seca.

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