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Primeiros socorros em cães e gatos

Fique atento para sinais como prostração, falta de ar e perda de apetite - Flickr/ CC – TheGiantVerminFique atento para sinais como prostração, falta de ar e perda de apetite
Crédito: Flickr/ CC – TheGiantVermin

Quem tem um cachorro ou gato dentro de casa bem sabe como nem sempre é fácil descobrir se o bichinho está doente a ponto de ser levado ao veterinário ou apenas passa por uma indisposição passageira. Para piorar a situação, o animal não pode falar o que sente, tornando o dono ainda mais preocupado.

Nesses casos, o melhor a fazer é entrar em contato por telefone com um veterinário e tentar explicar os sintomas do bichinho. De acordo com a dra. Carla Alice Berl, do Hospital 24h Pet Care, os pets estão sujeitos a uma infinidade de riscos e apenas um médico pode fazer a avaliação adequada.

Ela explica ainda que os casos mais comuns são brigas, quedas, atropelamento, envenenamento, ingestão de corpos estranhos, diarreias agudas, concussões, sintomas neurológicos e falta de ar. “Ainda são comuns casos em que o problema se estende por vários dias e as pessoas esperam até que o animal esteja muito mal para levá-lo ao veterinário”, destaca a médica.

De acordo com a diretora do hospital existem sintomas comuns em diferentes ocorrências. “Vômitos intensos, anorexia por mais de um dia, falta de movimentação com sinal de dor, principalmente, dificuldade de mover os membros traseiros, urina toda hora em pequenas quantidades, tentar urinar ou defecar e não conseguir, convulsionar, apresentar falta de equilíbrio ou falta de ar e desmaiar”. Em qualquer um desses casos é preciso procurar atendimento veterinário. Carla lista ainda as emergências mais comuns atendidas no hospital e os primeiros socorros que devem ser prestados.

Acompanhe a seguir as principais emergências com cães e gatos e saiba como proceder em cada caso.

Os casos de emergência mais comuns são quedas, atropelamentos, diarreias e ingestão de corpos estranhos - Flickr/ CC - Nick MithaOs casos de emergência mais comuns são quedas, atropelamentos, diarreias e ingestão de corpos estranhos
Crédito: Flickr/ CC – Nick Mitha

Gastrointestinais

Ingestão de corpos estranhos, de substâncias tóxicas e intoxicação alimentar são os casos mais comuns, explica a dra. Carla. “Os venenos de rato ou adubos (mamona) colocados em vasos são os principais problemas. Seja porque os filhotes estão usando a boca para descobrir aquilo que está a sua volta, ou porque comem alimentos que não são específicos para eles”.

Na maioria das vezes o animal começa vomitar e apresentar diarreia, às vezes com, outras sem a presença de sangue, convulsões e tremedeira também podem ser sintomas de envenenamento. “Tente descobri o que o animal ingeriu e a dose, entre em contato com o veterinário e explique a situação”. Não induza ao vômito, isso pode piorar ainda mais a situação.

Cardíacas

As emergências cardíacas geralmente se apresentam como falta intensa de ar, o animal fica ofegante, não consegue deitar (fica sentado arfando), também pode apresentar língua arroxeada e desmaio. “Em qualquer um desses casos é preciso levar o animal para o veterinário”, alerta Carla.

Neurológicas

As convulsões também são muito comuns. Nesse caso não se deve tentar segurar o animal. Tente afastar o bicho de qualquer objeto que possa ser perigoso e perceber qual o tempo de duração da crise. “Se o animal convulsionar por mais de um minuto leve imediatamente ao veterinário”, frisa a médica. “Convulsões prolongadas podem causar edema cerebral com sequelas irreversíveis”.

Outros sintomas de emergência neurológica são os acidentes vasculares cerebrais (AVC), nos quais o animal fica repentinamente com problemas relacionados à coordenação motora. Neste caso é preciso encaminhar o animal para o atendimento veterinário.

Traumáticas

Brigas, atropelamento e quedas estão no topo das ocorrências desse tipo. Em qualquer uma dessas situações é preciso ter cuidado ao manipular o animal, pois ele está sentindo dor e pode acabar reagindo de forma agressiva, com rosnados e até mesmo mordida. O uso de focinheiras é indicado se houver disponibilidade.

Outro procedimento necessário é verificar se há algum sangramento para tentar reduzi-lo. “É preciso ter cuidado para não causar ainda mais ferimentos ao animal”, diz a médica veterinária. “Não tente deslocar ou puxar membros que estejam aparentemente fraturados”. Transporte imediatamente o animal para o veterinário cuidando para que durante o trajeto os ferimentos não se agravem.

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