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Beber água em excesso pode ser sinal de diabetes

Quantas pessoas você conhece que sofrem de doenças do sistema cardiovascular, respiratório, digestório, distúrbios do trato urinário, doenças endócrinas e dermatológicas? Pois saiba que os nossos animais de estimação também podem ser afetados por estas mesmas enfermidades.

“São frequentes os casos de cães manifestarem as mesmas doenças que seus tutores, especialmente, as afetadas por hábitos como a obesidade”, segundo Dra. Ceres Faraco, veterinária parceira da Comac (Comissão de Animais de Companhia do SINDAN), que atua na conscientização dos benefícios da relação entre o homem e os animais de estimação.

Os sintomas são muito variados e a gravidade dos casos também. Ingerir muita água e urinar muito são manifestações clínicas comuns em caso de diabetes. Alguns sinais secundários são bem preocupantes porque são neurogênicos, tais como a desorientação, andar em círculos e as convulsões. No exame físico, as alterações são pouco marcantes, embora alguns cães e gatos estejam magros por sua sede ser maior que seu apetite. Enquanto o acesso à água não for limitado, o estado de hidratação do animal será normal. Em outros casos, pode ocorrer falta de apetite, vômitos, dor generalizada, diarreia, catarata, sonolência e hálito cetônico, bastante similar ao de frutas envelhecidas.

Em alguns casos de diabetes, o tratamento é focado no acesso ilimitado à água. Em outros casos, a insulina é necessária com controle do nível de glicose no sangue. Também é utilizada a terapia dietética, para correção de obesidade e ajudar a minimizar o aumento na concentração de glicose no sangue após as refeições. Exercícios físicos leves, preferencialmente nos mesmos horários, devem ser feitos diariamente. Isso ajuda a controlar o ganho de peso e a concentração de glicose sanguínea. Em relação à origem das doenças, a especialista explica que algumas são adquiridas de acordo com os hábitos do pet, outras são hereditárias, como nos humanos. As raças poodle, pinscher, schnauzer miniatura, teckel e beagle são as de maior incidência para a Diabetes Mellitus Canina.

Nos casos em que o tutor possui a mesma doença que o pet, ambos podem se ajudar no tratamento. Em geral, as pessoas acometidas às mesmas doenças que seus animais apresentam significativa aderência ao tratamento e tolerância aos procedimentos. Pois entendem a situação do pet enfermo. Essas relações sempre são positivas, ainda mais nos casos de doenças crônicas, a parceria é bastante relevante. Mas é possível evitar tais problemas com base num tratamento focado em prevenção. “O cuidado com a nutrição, a prática de exercícios físicos adequados e avaliação veterinária são fatores impactantes para o curso da doença”, conclui Faraco.

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