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Tudo o que você deve saber sobre a raiva

Por ser uma doença incurável, a raiva é uma doença que deve ser prevenida através da regular vacinação nos animais, mas antes disso é preciso entender de onde ela vem e quais os principais sintomas para diagnosticá-la corretamente.

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Um dos maiores transmissores da doença é o morcego hematófago que se alimenta exclusivamente de sangue de vertebrados. Todos os morcegos podem carregar o vírus da raiva, mas para que ocorra a transmissão é necessário o contato da saliva com o sangue do animal. Como a raiva é uma zoonose, sua transmissão pode passar do animal para o homem, causando até a morte. Porém é necessário que o pet seja portador da doença para que haja a transmissão.

O contágio em humanos ocorre principalmente pela mordedura de um animal, incluindo os domésticos, mas nem sempre a mordida de um cão ou gato transmite a doença. Se houver contato com a saliva do raivoso, seja por meio de um corte, ferida e até mesmo uma queimadura, a probabilidade de contágio é alta. Após a contaminação o vírus fica incubado durante certo período, em seguida ele migra para os tecidos rapidamente. Diagnosticado os sintomas da raiva, não há mais cura. No homem os sintomas são expressivos, desde ataques e depressão nervosa, até tendências a gritaria e agressividade, com acessos à fúria, alucinações, baba e delírios. O período de sintomas dura cerca de três dias, em seguida o homem apresenta paralisia flácida na face e consequentemente as outras partes do corpo.

Outros sintomas que indicam a raiva são a mudança no comportamento do animal que fica mais recluso, uma maneira diferente de agir do habitual, agressividade, salivação e paralisia. É importante entender que a saliva do animal pode não estar relacionada à raiva. Em muitos animais ocorre a paralisação dos músculos faciais, impedindo a deglutição da saliva.
A agressividade também deve ser analisada, afinal ela também pode estar ligada a outro sintoma que o animal está sentindo, como por exemplo, medo ou traumas.

Os sintomas no homem são os mesmos apresentados nos animais, por isso o controle de vacinação dos seus animais de estimação deve ser rigoroso, já que a vacina é a única forma de controlar a doença. Como nem sempre sabemos a origem e o tratamento dado a animais de rua, por exemplo, é importante procurar um posto de saúde imediatamente para receber o tratamento adequado contra a raiva. Para diagnosticar um animal com raiva são necessários exames do cérebro e do tronco cerebral em busca do vírus. Manter o animal em observação também ajudará no diagnóstico.

No Brasil, o primeiro caso de raiva em um ser humano foi diagnosticado em 2009. Para muitos, esta notícia pode ser considerada muito boa, afinal são tantos anos e ninguém jamais foi infectado, mas como a doença é irreversível e leva a morte, uma vez diagnosticado os sintomas, o tratamento será ineficaz. Por isso é tão importante a prevenção.

Diante da mordedura ou arranhão de um animal que não se tem certeza se foi vacinado, o primeiro passo é lavar abundantemente o local com água e sabão evitando a penetração do vírus nos tecidos mais profundos. Isto impedirá o contato do vírus com as terminações nervosas onde a doença se propaga. Se conseguir, capture o animal, seja ele de rua ou não, e leve a um posto de saúde. Com a ajuda de um veterinário, eles irão avaliar o estado físico do animal e se será necessário um tratamento antirrábico no paciente.

O tratamento que possibilita a cura não está disponível para os animais de estimação. Se o pet for mordido por um animal infectado e não estiver vacinado ele adoecerá e provavelmente virá a falecer em torno de 10 dias. Por isso atentem-se as campanhas de vacinação no controle da raiva no seu bairro, elas acontecem anualmente. Com a vacinação em dia, seja nas clínicas pelo acompanhamento veterinário ou pelas campanhas, a vacina antirrábica anual precisa estar em dia.

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