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Chegando à terceira idade: cuidados com cães idosos

Como todo ser vivo, nascemos, crescemos e envelhecemos. Os nossos cães passam por este mesmo processo, e, por conta disso, podem desenvolver novos comportamentos – tornando-se sujeitos à doenças, dores e males específicos. Por isso, ficar atento a quaisquer mudanças nas atitudes do pet fará com que você proporcione melhores condições de vida a ele.

Alguns dos problemas de saúde mais comuns entre os cães quando eles chegam em uma idade avançada (em média, depois dos 9 anos de idade) são: problemas cardíacos e renais, artrite, dores nas articulações, mal de Alzheimer, depressão, tártaro em excesso que pode levar à perda dos dentes, catarata (causando cegueira), surdez, câncer, além de disfunções cognitivas relacionadas à redução da massa encefálica.

Alterações no metabolismo fazem com que o organismo produza e gaste menos calorias e energia – isso pode fazer com que o cão sinta mais frio e engorde com maior facilidade, mesmo continuando com sua alimentação e rotinas diárias. É importante protegê-los do frio, principalmente quando eles estiverem dormindo, evitando superfícies duras que podem causar problemas de coluna.

Cães idosos têm mais dificuldade em digerir proteínas. Felizmente, já há rações especiais para a terceira idade, como as diet, por exemplo. Uma alimentação desregrada pode causar a obesidade – um dos maiores problemas de saúde que contribui para o surgimento ou agravamento de outras doenças. Além de diminuir as calorias, devemos aumentar o volume de fibras e diminuir a gordura na dieta, assim como acrescentar suplementos e vitaminas. A mudança deve ser feita de forma gradual.

É muito comum que o animal passe a apresentar comportamentos problemáticos, inclusive, uma aparente regressão ao estágio de filhote com dificuldades de estabelecer hábitos de higiene. A visão, o olfato e a audição também podem ficar comprometidos. O pet pode levar mais tempo para reconhecer os donos e pessoas conhecidas. O cérebro sofre alterações e passa a “aceitar” cada vez menos novas rotinas e aprendizados. Exemplo: mudar de casa ou de proprietário pode deixar o cão ansioso e irritado.

Mais sintomas incluem: choro contínuo e sem motivo aparente, distúrbios do sono e comportamentos repetitivos. Tratamentos feitos com remédios homeopáticos, alopáticos e fitoterápicos podem ajudar. Porém, o correto é procurar um veterinários que fará o diagnóstico preciso para cada caso. Vale ressaltar que o cachorro ainda continua a tomar vacinas, mesmo depois de adulto.

Um local confortável para momentos de descanso é essencial, ou seja: evite deixar a cama ou a casa do seu cão em lugares úmidos, com muito sol ou vento e de difícil acesso (já que a mobilidade dele irá diminuir). Mais dicas incluem: refeições diárias com intervalos regulares, cuidados dentários rotineiros e exercícios diários moderados. É importante evitar atividades exageradas. Mas não deixe de levá-lo para passeios curtos.

Caberá ao dono ter bastante paciência. Agressividade, broncas, gritos e castigos devem ser evitados e nunca serão efetivos. A companhia de outro cão pode ser de grande ajuda e afeto.

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