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Bauru ganha cemitério com espaço para enterros individuais e coletivos de animais

A perda de um animal de estimação pode causar grande dor aos donos. Na maioria das vezes, por falta de um ambiente adequado, quando os pets morrem, acabam sendo enterrados em aterros sanitários ou terrenos baldios.

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Como forma de oferecer um espaço bonito e apropriado para o enterro, será inaugurado no município de Agudos, localizado a 13 quilômetros de Bauru, um cemitério exclusivo para animais, que deve alcançar cidades em um raio de 150 quilômetros.

O local irá receber todos os tipos de bichos: desde cachorros e gatos, até répteis, tartarugas, coelhos, cavalos, aves e bovinos. Além disso, ocorrerá a assinatura de convênios com prefeituras para o recolhimento e o enterro de animais abandonados.

Em uma das duas salas de preparo, serão recebidos bichos atropelados ou com doenças graves. “Se é um animal que acabou falecendo por idade e está com o corpo sem nenhum tipo de problema, ele vem para a outra sala de preparo, que necessita de menos cuidado”, explica Alexandre Martins Perpétuo, proprietário do cemitério.

Haverá um espaço próprio para o velório e áreas gramadas para sepultamentos individuais. No caso de sepultamentos coletivos, os animais são enterrados sem placas de identificação, sem a necessidade do pagamento da taxa de manutenção.

De acordo com Alexandre, tanto nos jazigos individuais, quanto nas valas coletivas, o tempo de permanência do animal previsto no contrato de uso do solo é de três anos – período em que acontece a decomposição do corpo. No caso, o tempo pode ser renovado por pagamento de taxa adicional. “Depois desse período, retiramos a ossada, que vai para ossário que iremos construir. Nesse ossário, vão estar catalogados todos os animais”, explica.

O valor do sepultamento coletivo pode variar de R$ 100,00 a R$ 150,00. Já o jazigo individual custa, em média, de R$ 400,00 a R$ 600,00, dependendo do local e com taxa de manutenção mensal de R$ 15,00, onde está incluso uma caixa para guardar o animal, lápide e preparação. O traslado do corpo é cobrado à parte. Proprietários de animais adotados terão desconto de 50%. Futuramente, a intenção é construir um crematório.

Medida sustentável

O proprietário comenta que o cemitério levou em conta a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade. “Além da parte ecologicamente correta, com todas as autorizações ambientais, estou preparando caixa especial para o chorume não chegar a terra. Essa caixa é biodegradável, com bactérias anaeróbicas que vão fazer a decomposição do corpo”. Perpétuo construiu um lago em um minizoológico, com viveiros de pássaros e criação de pavões, coelhos e patos.

O diretor do Zoo de Bauru, Luiz Pires, enalteceu a ação de Alexandre. “Pets têm feito parte da família. E nós não temos um local correto para enterrá-los. Além do mais, enterrar em terrenos pode causar algum problema relativo até mesmo à contaminação do lençol freático”.

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