O mundo da moda chegou às galinhas e o último cacarejo no inverno do hemisfério norte são os coletes de tricô multicoloridos. Nicola Congdon, 25 anos, que mora em Cornwall, virou notícia no Reino Unido por fazer suéteres de lã para suas aves.
Ela e a mãe, Ann, começaram a fabricar as roupas para as aves debilitadas que se “aposentaram” das granjas da região onde mora. Atualmente, elas cuidam de mais 60 galinhas.
“Tive a ideia de fazer para minhas próprias galinhas e elas adoraram”, afirmou Nicola, que ganhou destaque no jornal Daily Mail, da Inglaterra, e no site Mashable, dos Estados Unidos. A ideia se mostrou tão boa que ela está recebendo pedido de diferentes partes do planeta. “Nós recebemos pedidos de pessoas da área ou inclusive até do Canadá que querem estas blusas e coletes. Se alguém quer adquirir um, o que pedimos é uma doação para um orfanato de crianças cujos pais morreram de AIDS na África do Sul”, acrescentou.
Colocar o colete nas galinhas exige alguns cuidados. “Não deixo elas de colete por mais de uma hora se não estou por perto. Se estou deixo entre uma e duas horas”, alerta a inglesa. Ela afirmou também que as aves se comportam normalmente com o vestuário. “Não há problema. Elas apenas ficam lá paradas e fazem tudo que fariam, como uma galinha faria”, diz.
Dedicação sem limites
Além de Nicola, outra pessoa vem chamando a atenção por confeccionar roupinhas para aves. Na Austrália, Alfred Date, um senhor de 109 anos, ajuda uma ONG que tricota casaquinhos de lã para pinguins ameaçados por derramamento de óleo.
A Penguin Foundation trabalha na preservação e proteção de pinguins da Phillip Insland, uma pequena ilha localizada ao sul do país. Muitas aves morrem quando há vazamentos em navios cargueiros na região, pois o petróleo facilita a infiltração de água no corpo do animal, tornando-o lento para a caça e, como eles costumam bicar-se, acabam também ingerindo o produto que é altamente tóxico.
A ONG então salva os pinguins e dá banho em cada um. Para evitar a ingestão da substância enquanto os animais aguardam a limpeza, os biólogos desenvolveram o método de vesti-los com casaquinhos de lã. Assim, 96% dos pinguins conseguem voltar ao habitat natural.
Quando eles criaram a técnica, pediram ajuda dos australianos para criar um estoque das roupinhas. Alfred soube da situação por meio das enfermeiras da casa de repouso onde vive e aceitou ajudar a ONG na mesma hora. “Eu gosto de fazer sem errar e eu não me perdoo quando cometo um erro. [Mas] eu acho que eles desculpariam uma pessoa que já passou da expectativa normal de vida“, brincou ele, em entrevista ao NineStories.
Fontes: Pet Model Brasil, Vírgula UOL e Hypeness