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SOS saúde animal

15_sos_saude_animalManter os pets afastados de lajes e janelas abertas são cuidados necessários para evitar fraturas
Crédito: TheGigantVermin

Situações de risco que facilitam quedas, torsões, intoxicação e feridas em animais de estimação são mais comuns do que se possa imaginar. A doutora Bruna Coelho, veterinária do Hospital Veterinário da Universidade de São Paulo, no setor de Clínica Médica e Pronto Atendimento que o diga. A especialista atende com frequência casos graves, principalmente devido a falta de atenção do dono. “O mais importante é evitar situações de risco, principalmente em relação a manter animais em lajes, sacadas sem proteção de telas ou grades”, orienta.

A médica destaca ainda que a prevenção é sempre a melhor escolha, mas que em casos de acidentes é preciso atentar-se a alguns sintomas, mas explica que o socorro veterinário nunca deve ser dispensado. “Caso ocorra a queda de cães e gatos, por exemplo, deve-se atentar às manifestações apresentadas como paralisia, sangramentos, localização da dor, inchaços, perda de consciência, vômitos, aspecto da urina, etc”.

Em casos menos graves como feridas e cortes, Bruna Coelho explica que o melhor é manter a limpeza do local com água limpa e corrente ou soro fisiológico. Ela orienta também que os pelos do animal sejam cortados ao redor da ferida para diminuir a contaminação. Vale lembrar que o uso de qualquer medicamento deve ser feito apenas sob orientação veterinária.

Acidentes graves

Quando a situação se agrava e acidentes com picadas de insetos ou animais peçonhentos ocorrem, é hora de acender o sinal de alerta e correr o quanto antes para o veterinário. A especialista orienta ainda que, se possível, haja a captura do animal agressor e que ele seja levado juntamente com o pet para facilitar a identificação da picada e a cura para o problema.

Bruna Coelho explica também que, de modo geral, as picadas de inseto mostram inchaço, coceira, e erupções generalizadas pelo corpo. No caso das aranhas, os ferimentos podem ser mais graves, inclusive com áreas necróticas (mortas) e intensa dor. Já no caso de cobras, varia com o tipo de animal que causou o acidente, sendo que o inchaço, sangramento e alteração da coloração da urina são os sintomais mais comuns.

Mas como não são apenas insetos e outros animais que podem causar acidentes aos pets, a veterinária chama a atenção dos donos para os perigos que moram dentro de casa. Não são raros os casos de intoxicação causados pela ingestão de produtos indevidos como chumbinho, raticida e medicamentos antinflamatórios administrados pelos próprios donos. Nesses casos, é importante tentar conhecer o agente tóxico e não dar nada sem orientação veterinária para forçar o vômito para que o quadro não se agrave.

Para identificar se o animal sofre de intoxicação os sintomas são bem claros, como explica Bruna Coelho. “As manifestações clínicas apresentadas sempre variam com o tipo de agente tóxico, e na maioria dos casos, observa-se salivação, vômito e/ou diarréia, alterações de comportamento e em alguns casos convulsões, geralmente de início agudo.”

E como é impossível falar de primeiros socorros sem citar o transporte do animal ferido, a médica salienta que principalmente em casos de traumatismos, a locomoção deve ser feita cuidadosamente, evitando-se a manipulação excessiva e inadequada. “É preciso manter sempre a coluna do pet estável, evitando-se a piora da dor e da gravidade das lesões.

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