Entendendo o comportamento felino

Os gatos são erroneamente rotulados como egoístas e interesseiros - Os gatos são erroneamente rotulados como egoístas e interesseiros
Crédito: Arquivo Pessoal

Só convivendo com um gato para entendê-lo. Não é à toa que muitos donos dizem: “você não gosta de gato porque nunca teve um”. Isso é uma grande verdade, pois os felinos possuem uma forma de vida muito peculiar e se essa não for bem compreendida, eles podem ser rotulados como animais que não interagem com o ser humano, sendo impróprios como animais de companhia.

Um exemplo desse equívoco é o tempo em que passam dormindo. Eles têm o hábito de dormir durante o dia, pois era no período noturno que o felino caçava para se alimentar. Hoje, os bichanos não têm mais necessidade de procurar alimento, mas continuam dormindo de dia. Contudo, já observamos que muitos felinos já estão bastante adaptados à vida humana, onde suas atividades noturnas passaram a ser diurnas. Assim, ele está ao lado de seu amigo homem durante o dia e dormindo durante a noite.

E ainda há quem diga que estes animais não se apegam ao dono! Mal sabem essas pessoas que muitos bichanos seguem seu amigo homem pela casa, têm nome, sobrenome e atendem quando são chamados não importa onde estão….

Também é muito comum ouvirmos frases como: “o gato é um animal interesseiro e egoísta”. Ou ainda: “eles não são inteligentes e não obedecem ordens”. Diante de tais afirmações, fica difícil explicar para um “leigo” em gatos que o felino não é um cachorro.

Muitas dessas particularidades se devem à forma de vida do felino antes de ser domesticado. A maior parte da vida do gato na natureza era isolada de outros animais, com exceção ao período de acasalamento e de maternidade. Ser independente significava, entre outras coisas, manter-se vivo, pois se não procurasse alimento, não comeria, e se não fosse veloz e astuto, seria capturado por predadores.

Essas atitudes eram formas de sobrevivência do felino as quais persistem até os dias de hoje. É o que observamos na leveza de seu caminhar onde não há som e assim não pode ser ouvido nem visto. Não demonstra com facilidade sintomas de doença, pois se o fizesse, demonstraria franqueza a seus predadores.

Por outro lado, diferentemente do que se fala, o bichano pode tornar-se dependente do homem de tal forma que não é raro ouvir pessoas dizendo que se ausentaram e seu felino mudou os hábitos. Muitos passam a urinar fora da vasilha sanitária, param de comer e até adoecem.

Também como demonstração de carinho, eles se enroscam em nossas pernas, pulam em nosso colo e fazem de tudo para que a atenção esteja voltada para eles. Portanto, é fundamental entender as necessidades de seu gatinho para que o convívio seja saudável e feliz.

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