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Hiperatividade X Superatividade: entenda as diferenças

Só quem tem sabe o quão cansativo é criar um cão agitado em casa. Alguns se comportam de maneira extremamente frenética em grande parte do tempo, dificultando o convívio desejado entre pet e dono(s). O animal, muitas vezes, busca objetos para chamar a atenção, destrói móveis e chora ou late com frequência. Em atitudes equivocadas, os donos acabam trancando-o em quartos, canis ou deixando-o separado do convívio familiar.

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Assim como os seres humanos, os cães podem sofrer de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). No entanto, é muito importante ressaltar que a hiperatividade não deve ser confundida com a superatividade.

Diferenças

A primeira é uma condição genética, rara e só pode ser diagnosticada por um veterinário. Se o cão for hiperativo, é preciso notar fatores que podem desencadear o comportamento, como estilo de vida, habitat e níveis de atividades realizadas. Se um ou mais desses quesitos forem mudados e alterarem o estado do pet, significa que seu cão não é hiperativo. Caso contrário, o TDAH é uma possibilidade e deve ser tratado.

Além disso, o hipertireoidismo e o aumento dos níveis de estrógeno também podem causar a superatividade ou a hiperatividade. Exames de sangue são úteis para o diagnóstico do quadro. Cães ativos que praticam poucos exercícios físicos e são deixados sozinhos podem desenvolver comportamentos destrutivos e agressivos. Porém, com uma reorganização adequada na rotina e a soma de passeios e atividades diárias, tudo pode ser controlado ou, pelo menos, melhor contido. Só é preciso disciplina, paciência e comprometimento.

Já o cão hiperativo, geralmente, mostra sinais da doença desde filhote e, se diferencia do superativo, pois não obedece com tanta facilidade, possui maiores dificuldades de concentração, dorme pouco e tem um sono agitado. O estado de energia é de tirar o fôlego – tanto para o cão quanto para quem o observa. A condição pode piorar dependendo da forma como o pet é criado e pode continuar até a vida adulta.

O adestramento e as atividades físicas, infelizmente, são apenas paliativos na hiperatividade canina. Mas isso não impede que o dono realize exercícios diários para ajudar a gastar toda a energia de seu bicho de estimação. Corridas longas, brincadeiras com bolas e outras atividades, como o agility, certamente ajudam.

O tratamento para a hiperatividade irá variar de acordo com cada cachorro. Em casos mais graves de automutilação, é necessário o uso de medicamentos específicos com receita médica. Normalmente, cães castrados ficam mais calmos. Mas o fato não é cientificamente comprovado.

Alergias de origem alimentar podem causar excesso de energia. Nesse caso, o diagnóstico pode ser feito por dietas hipoalergênicas ou caseiras – com supervisão de um veterinário. Alguns cães aprendem a controlar a ansiedade por meio da mastigação repetitiva com brinquedos. Essa pode ser mais uma solução natural e saudável para controlar a ansiedade.

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