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Criação de animais exóticos é tema de manifestação em SP

Sabe-se que atualmente cerca de 90% dos animais exóticos no Brasil são ilegais. Com o objetivo de contribuir positivamente para conservação de espécimes da fauna brasileira e combate ao tráfico de animais, manifestantes se reuniram em protesto na última quarta-feira, 16 de setembro. O grupo se juntou na Alameda Tietê, em São Paulo, onde está localizado o Ibama (Instituto Brasileiro Meio Ambiente e dos Recursos Naturais).

Organizado pelo site ZooPets, que comercializa animais, o evento visa a legalização da venda e criação de répteis, anfíbios, invertebrados, artrópodes e mamíferos exóticos no Brasil, tanto para fins comerciais quanto para hobby. O grupo visa também a quebra de burocracia para a abertura de criadouros comerciais e conservacionistas.

A manifestação teve início às 10h da manhã, e muitos vestiam camisetas de protesto com os dizeres “Criar é preservar”. O evento foi pacífico e sem tumulto. No próprio site ZooPets, os organizadores fizeram questão de pedir aos integrantes da manifestação que não ingerissem bebidas alcoólicas e nem fizessem “baderna, pois assim lutariam dignamente pela causa”.

Atualmente, no Brasil, a criação de animais exóticos ou silvestres não é proibida, mas passa pela aprovação e regulamentação do Ibama. A nota fiscal com o número de registro do órgão também é obrigatória, bem como um documento com o nome do animal, espécie, a quantidade, etc.

Há, porém, uma lista de espécies proibidas aos criadores. Na portaria nº 93, de 7 de julho de 1998, o instituto declara “proibida a importação de espécimes vivos para fins de criação com fins comerciais” animais invertebrados, anfíbios (exceto a Rana catesbiana, conhecida como rã-touro), répteis e a ave Sicalis flaveola e suas subespécies, além de um grupo de mamíferos que inclui cangurus e focas, entre outros.

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