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Mercado pet voltado para gatos cresce mais que o de cães

23_mercado_pet_voltadoBrinquedos para felinos têm ganhado espaço nas prateleiras dos pet shops
Crédito: Anne Norman

Foi-se o tempo em que apenas os cães eram considerados os melhores amigos do homem. A vida nas grandes cidades tem alterado o comportamento dos amantes de pets, que têm se rendido aos encantos dos felinos. Os últimos dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação (Anfal Pet) indicam a tendência, revelando um forte crescimento no setor ligado aos felinos, o que mostra a grande popularidade dos bichanos como pet.

De acordo com a entidade, no ano de 2008 registrou-se, pela primeira vez, que o mercado brasileiro de produtos para felinos cresceu mais que o de cães. As vendas de ração para gatos cresceram 11%, chegando a 136 mil toneladas, enquanto o faturamento com alimentos para cães teve recuo de 1,5%. Especialistas do setor afirmam que a tendência atinge outros produtos além dos alimentares como serviços de pet shop, roupas, brinquedos, entre outros.

Vale destacar que não foi o aumento da população de gatos que fez o mercado destinado a felinos aquecer, mas sim a oferta de produtos especializados, que por sua vez, têm chamado a atenção dos proprietários. Uma outra pesquisa recente, realizada pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, buscou estudar a população domiciliar de cães e gatos na cidade e revelou que a idade média dos felinos da capital é de 3,4 anos contra 4,2 anos dos cães. Sabendo que gatos vivem cerca de 4 anos a mais que cães, fica fácil entender o porquê o mercado direcionado aos felinos têm grande possibilidade de crescimento.

Um outro dado que justifica o aumento dos investimentos de produtos e serviços direcionados aos gatos é a própria vida nas grandes cidades e a mudança no comportamento dos novos proprietários. De acordo com a Ong Adote um Gatinho, as pessoas que moram nos centros urbanos que querem ter um mascote como companhia escolhem o gato, principalmente devido a sua praticidade, necessidade de pouco espaço, independência e docilidade.

A entidade alerta, no entanto, que não é porque o bicho é menos depende que o cão que ele não mereça atenção ou cuidados. Visitas ao veterinário, alimentação de qualidade, espaço adequado e estar sempre atento ao comportamento do bichano são atitudes que devem ser seguidas à risca.

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