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Gato é o 1° caso de H1N1 em pets

05_gato_e_oApesar do contágio, gato já foi medicado e passa bem
Crédito: Pelican

A notícia divulgada na última quarta-feira, 4 de novembro, sobre um gato que contraiu gripe suína, o famoso H1N1, não precisa ser encarada com alarde. Isso é que acredita o Prof. Dr. Paulo Eduardo Brandão, do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP. Segundo o especialista, não há motivos para preocupações excessivas já que o caso, além de isolado, aconteceu com um animal de idade bem avançada.

De acordo com o site da revista “Time”, o Departamento de Saúde Pública de Iwoa revelou que o primeiro caso de contágio em animais domésticos ocorreu devido ao contato dos donos do gato, que estavam doentes, com o animal de estimação. O felino de 13 anos está sendo medicado e passa bem.

Até pouco tempo atrás, o que os especialistas sabiam sobre o contágio do H1N1 em outros animais é que apenas suínos e Furões corriam algum risco, apesar de remoto. Cães e gatos estavam fora da lista de risco. Segundo Brandão, apesar do incidente, como o H1N1 é uma zoonose, ou seja, é doença de animais transmissível ao homem, mas que também pode ser transmitida do homem para os animais, não é surpreendente que ela tenha sido passada do dono para o pet.

“Existe uma diversidade imensa de doenças trocáveis entre humanos e pets como tuberculose, raiva, verminoses, toxoplasmose, entre outras. Como o caso foi único, é muito provável que tenha acontecido devido à fragilidade causada pela idade avançada do gato”, explica.

Outra boa notícia é que o vírus H1N1 não costuma aparecer para se espalhar facilmente, logo, cães e gatos não são os hospedeiros ideais para a nova gripe. Para ainda os que não se convenceram de que os pets estão livres da doença, Brandão sugere que sejam tomados os mesmos cuidados para evitar qualquer tipo de doença contagiosa. Lavar bem as mãos, vacinar os animais, evitar contato muito próximo com os amigos caso esteja doente e cobrir a boca ao tossir são boas soluções. “Mas não acredito que isso (a nova gripe) venha a se tornar uma pandemia como imaginávamos. O caso isolado deste gato também não é motivo para alarde”.

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