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Índia abre primeiro banco de sangue canino do Oriente

Ao caminhar pelas ruas da Índia é comum encontrar vacas, macacos, e muitos cachorros. Os dois primeiros são considerados sagrados, já o terceiro não é visto com bons olhos, já que os cães abandonados podem transmitir raiva e o latido costuma interromper o sono de muitos durante a madrugada, na opinião da maioria dos habitantes do país.

Mas parece que os indianos estão se acostumando e gostando cada vez mais da ideia de ter um bichinho de estimação, ou melhor, um cachorro, dentro de casa. Porém, este privilégio é limitado à classe média e aos mais abastados, já que apenas eles têm condições de alimentar um pet e ainda levá-lo ao veterinário.

E claro que o fato de o cachorro sair das ruas para ganhar as residências, movimentou o mercado e os serviços oferecidos a esses animais. Tanto que a Índia acaba de inaugurar o primeiro banco de sangue canino em uma universidade da Ásia. Já no Ocidente, países como Estados Unidos e Reino Unido contam com diversos estoques, enquanto no Brasil, os principais hospitais veterinários e universidades também disponibilizam o serviço, embora ele seja pouco divulgado.

E para encher as prateleiras das geladeiras os veterinários do Sul da cidade de Chennai, estão procurando por possíveis doadores. Segundo o dr. P. Thangaraju, da Universidade de Ciência Veterinária e Animal Tamil Nadu, 28 proprietários de cachorros já registraram seus pets para doarem sangue. E o banco de sangue canino foi inaugurado por um Labrador preto, na última segunda-feira, 10 de maio. Mas Thangaraju informa à Agência France Press que é preciso de mais doadores para disponibilizar os oito tipos sanguíneos identificados.

Na opinião do veterinário, seria preciso um investimento de um milhão de rupias (cerca de 22 mil dólares) na universidade – que atende cerca de 200 cães por dia – para evitar que mais animais morram por falta de sangue. Segundo Thangaraju, transfusões são necessárias durante cirurgias para remover tumores, tratar cachorros com leucemia, e também os que sofreram acidentes, registro comum no país cujo trânsito é completamente caótico.

Mas vale lembrar que, assim como os humanos, é preciso preencher alguns requisitos para doar sangue: o animal deve estar vacinado e vermifugado, não ter feito cirurgia recentemente, não pode estar prenhe, deve estar clinicamente saudável, ser dócil e livre de pulgas e carrapatos. E cachorros entre um a oito anos são doadores em potencial, e podem doar no máximo quatro vezes ao ano, em qualquer hospital veterinário que possua um banco de sangue.

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