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Porco selvagem é adotado e vira membro da família

Um porco selvagem normalmente não é a primeira opção de uma família na hora de escolher um animal de estimação. Mas na casa de Erika Tempel a história foi diferente.

O porco de dois anos de idade tem uma vida pra lá de tranquila residência dos Tempel. Ele anda livremente pela casa, janta com a família e dorme com cobertor no sofá.

Abraços e beijos: Org em sua casa na África do Sul - DailyMailAbraços e beijos: Org em sua casa na África do Sul
Crédito: DailyMail

O animal pode se considerar um sortudo. Org – como é chamado – foi acolhido e adotado por Erika, que o criou e o alimentou com suas próprias mãos, como um bebê.

“Muita gente pensa que sou louca por ter como pet um porco selvagem, mas Org é realmente adorável e especial para se ter em casa. Nós o pegamos quando ele ainda era um bebê. Um dos nossos vizinhos o trouxe, depois que a mãe de Org foi morta”, conta a mulher 50 anos que vive na África do Sul.

“Ele era tão pequeno e frágil… Cuidei dele com minhas próprias mãos até ele ter idade suficiente para se virar sozinho”, relembra Erika. “Org vive no quarto em frente ao nosso e, quando cresceu, acostumei a levá-lo para longos passeios em contato com a natureza, para que pudesse ter contato com o ambiente em que nasceu”.

Franzino: em 2008, quando foi adotado pelos Tempel. - DailyMailFranzino: em 2008, quando foi adotado pelos Tempel.
Crédito: DailyMail

“Pensei que ele poderia ser devolvido ao seu hábitat, mas, obviamente, ele gosta demais de viver com a gente”, explica ela.

Agora, Org está definitivamente instalado na fazenda de Erika e seu marido Hendrik, também de 50 anos. Em novembro de 2008, quando foi adotado, era só um porquinho franzino. Hoje, é um porco selvagem de respeito, com quase 80 quilos.

Org alimenta-se com dois quilos de comida de cachorro toda noite, servida em tigelas na cozinha da casa de Erika. Como todo bom animal de estimação, ele ganha também petiscos: milho, biscoitos de gengibre, marshmallows e – o seu favorito – chocolates.

Erika e Hendrik deixam Org livre para passear na reserva privada de Fahad, na província de Limpopo, na África do Sul. Leal, o animal volta para casa todas as noites para jantar e relaxar diante da televisão.

Erika, mãe de três, diz: “ele tem o melhor dos dois mundos, porque sai para passear durante o dia como todos os outros de sua espécie, mas sempre retorna quando escurece”.

“Nós o alimentamos e o abraçamos, às vezes até damos banho nele, depois Org corre para dormir no sofá. Ele está cada dia maior, suas presas são tão afiadas que precisamos cobrir os sofás para que ele não estraçalhe”, conta.

O pet de Erika também tira soneca no sofá - DailyMailO pet de Erika também tira soneca no sofá
Crédito: DailyMail

“Precisamos ficar de olho sempre. Se bobearmos, ele abre a porta da cozinha e come o que encontrar pela frente”, comenta a dona.

“Sempre dividimos o sofá com ele para assistir TV. Quando estamos aconchegados debaixo de um coberto, ele logo vem e se acomoda. Muitas vezes, ele ocupa todo o sofá, fazendo com que eu e meu marido tenhamos que sentar no chão.”

Org ainda fez amigos pela vizinhança, entre eles um casal de papagaios e um cachorro da raça Jack Russell chamado Cody. “Você não imaginaria um porco selvagem e um Jack Russell se dando bem.

Eles são melhores amigos. Cody sempre deita nas costas de Org quando ele está dormindo. Eles até já se estranharam por causa da comida”, conta Erika.

Ela faz questão de dizer: “nunca forçamos Org a ficar conosco, mas ele sempre volta para casa.” “É ótimo que ele tenha um tempo só dele para andar por aí. Ele até já encontrou uma namorada e é provável que este ano se torne pai”, acrescenta.

“As pessoas ficam sempre maravilhadas de verem um animal deste tipo sentado no sofá. Temos três filhas e todas se dão muito bem com Org. Ele realmente é parte da nossa família”, finaliza Erika.

Você conhece os porcos selvagens?

Porcos selvagens são muito comuns na África, eles sobrevivem comendo raízes e gramíneas. O personagem Pumbaa tornou a espécie famosa entre as crianças em 1994, no filme “O Rei Leão”.

Mas, como todo animal selvagem, sempre existe o risco de ataque. Quando acuado, o sangue predador pode se manifestar.

Machos usam suas presas para lutar pelo domínio de território. Existem relatos de porcos selvagens que teriam matado até mesmo leões.

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